Vai
Vai, fagulha
chora tristeza, e revela
ao vento, imenso sofrimento
desagua em fogo
o pranto doído
da falta
Vai
Voa, fagulha
grita a dor, em desespero
leva ao vento um urro profundo
e fere o negro, denso ar
chama à esperança
e paz
Vai
Volta fagulha
brinda com tilintares
esculpe no céu tom de alento
traz em seus leves traços
um simples abraço
alguém
Vai
Valsa fagulha
dança solta, ligeira
com o vento, gire, gire, gire
desenhe no céu
vaivém de luz
e saudade